A Bíblia, como Palavra de Deus, ocupa o centro da fé cristã. Diferentemente de outras religiões que valorizam ritos ou fórmulas, o cristianismo destaca a revelação divina por meio de palavras. A expressão “Assim diz o Senhor” aparece mais de 400 vezes no Antigo Testamento, mostrando a autoridade da Escritura (Is 55:11). Jesus, chamado “o Verbo” em João 1:1, personifica essa Palavra viva. Deus se comunica de forma clara nas Escrituras, instruindo, educando e corrigindo o seu povo, como ensina 2 Timóteo 3:16. Nesse processo, as traduções da Bíblia desempenham um papel relevante.
Mas de que adiantaria essa revelação divina se não estivesse acessível a todos os povos? É por meio das traduções da Bíblia que homens e mulheres, em diferentes culturas e idiomas, podem ler e compreender a Palavra revelada de Deus. Durante muito tempo, a Igreja Católica tentou manter esse conhecimento restrito, centralizado no latim e sob o controle do clero. Foi apenas com a Reforma Protestante que esse cenário começou a mudar de forma decisiva. Um dos grandes legados da Reforma foi o impulso para traduzir as Escrituras para as línguas do povo. Isso permitiu que a Bíblia chegasse às mãos do homem comum, e não apenas à elite da igreja.
Portanto, neste artigo exploramos a história das traduções da Bíblia, seus princípios e seu impacto. Nosso objetivo é ajudar, principalmente iniciantes, a compreender a importância das traduções da Bíblia. As traduções da Bíblia conectam evangelização e Escritura, pois proclamar o Evangelho exige compartilhar a Palavra (Rm 10:17). Desde a Septuaginta até versões modernas, as traduções tornam a Bíblia acessível. Vem comigo nessa jornada, e entenda como Deus fala a todos os povos por meio de Sua Palavra.
A Septuaginta: A Primeira Tradução da Bíblia
A Septuaginta foi a primeira grande tradução da Bíblia, iniciada por volta de 280 a.C. em Alexandria. Ela traduziu o Antigo Testamento, originalmente escrito em hebraico e aramaico, para o grego, a língua predominante entre os judeus daquela época. O projeto começou com a Torá (os cinco primeiros livros de Moisés). Ao longo do tempo, os tradutores o expandiram para incluir todo o Antigo Testamento, inclusive os livros deuterocanônicos (apócrifos).
Os apóstolos e autores do Novo Testamento destacaram a importância da Septuaginta ao citar seu uso, como registrado em Atos 8:32-33. Isso demonstra sua autoridade e ampla aceitação no período apostólico.
Embora muitos a critiquem, as Igrejas Ortodoxas continuam valorizando altamente a Septuaginta, considerando-a um texto canônico. Entre os séculos III e IV d.C., Orígenes fez uma importante revisão da Septuaginta, buscando padronizar seu conteúdo. No século XX, Alfred Rahlfs publicou uma edição crítica da Septuaginta em 1935, baseada em manuscritos importantes como o Codex Vaticanus. Essa edição continua amplamente utilizada hoje.
Portanto, a Septuaginta abriu o caminho para futuras traduções das Escrituras, ajudando a levar a Palavra de Deus a novos povos e línguas. De fato, ela cumpriu o que o salmista declarou: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105).
Os Targuns: Tornando a Escritura Acessível
Os Targuns surgiram nos últimos séculos antes de Cristo, em um contexto em que muitos judeus da Palestina já não falavam hebraico fluentemente, mas sim o aramaico; a língua do cotidiano. Eles consistiam em paráfrases orais das Escrituras hebraicas, recitadas nas sinagogas após a leitura do texto original. Com o tempo, os judeus começaram a registrar essas paráfrases por escrito, especialmente entre os séculos III e V d.C.
Mais do que apenas traduzir, os Targuns tinham o objetivo de explicar o texto bíblico de forma que o povo o entendesse. Eles interpretavam passagens difíceis e ajustavam expressões antropomórficas para evitar confusões. Por exemplo, em Gênesis 3:8, a frase “Deus caminhando no jardim” era modificada para evitar uma imagem literal de Deus com forma humana.
Entenda melhor:
Em Gênesis 3:8, o texto hebraico diz que Adão e Eva “ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia”. A imagem que o texto traz é de Deus “caminhando” no jardim.
Essa expressão, se tomada literalmente, poderia sugerir que Deus tem um corpo físico, como o de um ser humano, o que contradiz a doutrina bíblica de que Deus é espírito (João 4:24) e não possui corpo físico como nós.
Os Targuns, ao traduzirem ou interpretarem esse texto para o aramaico, evitavam esse tipo de linguagem que atribui a Deus características humanas (chamadas de antropomorfismos). Em vez de dizer que Deus estava “caminhando”, o Targum substituía por algo como:
“Ouviram a voz do Senhor no jardim.”
Essa reformulação mantém o sentido da narrativa, ou seja, Deus falando com Adão e Eva após o pecado deles, porém preservando a transcendência de Deus, evitando que as pessoas pensem em Deus como um ser de corpo físico, andando literalmente pelo jardim como um homem.
Isso mostra a preocupação dos tradutores em proteger a imagem correta de Deus, mesmo que para isso usassem uma linguagem interpretativa, algo que reforça o papel pedagógico dos Targuns: eles explicavam, não apenas traduziam.
Os Targuns abrangeram grande parte do Antigo Testamento
Os Targuns abrangeram grande parte do Antigo Testamento e desempenharam um papel semelhante ao descrito em Neemias 8:8: “Leram no livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.”
Esse esforço em tornar a Palavra compreensível reflete um princípio essencial da teologia reformada: a clareza das Escrituras. Como afirma Deuteronômio 30:11-14, a Palavra de Deus não está fora do alcance do povo, mas ao seu alcance, clara e próxima.
Embora os Targuns não fossem traduções formais como foi a Septuaginta, eles expressam um valor que ressoa até hoje: a necessidade de tornar a Bíblia acessível a todos, em linguagem compreensível. Um compromisso essencial para a evangelização, para o discipulado e o ensino da revelação divina.
Traduções Antigas da Bíblia: Vetus Latina e Peshitta
À medida que o cristianismo se espalhava pelo mundo romano e além, surgiu a necessidade de traduzir as Escrituras para outras línguas além do grego. Foi nesse contexto que nasceu a Vetus Latina, uma tradução da Bíblia para o latim, realizada a partir do século II d.C., especialmente no Norte da África. Feita por diversos tradutores ao longo do tempo, essa versão apresentava uma qualidade textual bastante irregular, algo que chegou a ser criticado por Agostinho em suas obras.
Já no século IV, surgiu a Peshitta, tradução da Bíblia para o siríaco, idioma falado por comunidades cristãs da Síria e de regiões vizinhas. O próprio nome “Peshitta” significa simples, refletindo sua linguagem acessível e direta (cf. Sl 19:7). O Antigo Testamento da Peshitta foi influenciado por versões aramaicas como os Targuns, e seu Novo Testamento continha originalmente 22 livros, os mais aceitos nas igrejas orientais.
Essas traduções não apenas serviram às necessidades locais, mas também expressaram um princípio profundamente bíblico: a Palavra de Deus deve alcançar todos os povos (Atos 1:8). Dentro da tradição reformada, esse impulso missionário encontra eco na convicção de que Deus deseja ser conhecido por todas as nações. Logo, traduções como a Vetus Latina e a Peshitta foram ferramentas fundamentais nesse processo de traduções da bíblia.
A Vulgata de Jerônimo: Um Marco Latino nas Traduções da Bíblia
No final do século IV, o bispo Dâmaso de Roma encarregou Jerônimo de preparar uma tradução padrão da Bíblia para o latim. Até então, circulavam diversas versões latinas com qualidade textual irregular, como era o caso da Vetus Latina. Em resposta, Jerônimo se dedicou ao estudo das línguas originais, especialmente o hebraico, e, a partir de Belém, iniciou uma tradução do Antigo Testamento diretamente do hebraico; e não apenas da Septuaginta (cf. Sl 12:6), como era comum.
Sua obra, conhecida como Vulgata, foi concluída por volta do ano 405 d.C. No início, enfrentou resistência, tanto por seu rigor quanto por se afastar de tradições anteriores. No entanto, ao longo do tempo, a Vulgata conquistou reconhecimento e influência. Séculos depois, o Concílio de Trento (1546) a declarou versão oficial da Igreja Católica, quando então, os livros deuterocanônicos (apócrifos) foram oficialmente incluídos em seu cânon.
A Vulgata foi fundamental para a unificação do texto bíblico em latim, moldando a liturgia e a teologia da Igreja por muitos séculos. Para a tradição reformada, que valoriza profundamente a fidelidade ao texto original das Escrituras, o esforço de Jerônimo foi notável. Apesar das limitações impostas por cópias já corrompidas e da ausência de uma crítica textual moderna, sua busca pela fidelidade textual representa um marco na história das traduções da Bíblia.
Traduções Medievais da Bíblia: Wycliffe e a Reforma
No século XIV, em um contexto de forte controle eclesiástico sobre o acesso às Escrituras, John Wycliffe promoveu uma mudança ousada: traduziu a Bíblia para o inglês a partir da Vulgata, tornando-a acessível ao povo comum. Por isso, foi chamado de “estrela da manhã da Reforma”. Seu desejo era claro: que todos pudessem ler a Palavra de Deus sem depender exclusivamente da mediação do clero.
Perseguido por suas ideias, Wycliffe acreditava que a Bíblia era suficiente para corrigir os erros e abusos da Igreja. Sua tradução, completada por seu colaborador John Purvey, tornou-se um marco na luta pela acessibilidade das Escrituras; ainda que feita a partir do latim, e não das línguas originais.
Na tradição reformada, esse esforço ecoa o princípio da Sola Scriptura: a autoridade final da fé e da prática cristã está na Escritura, e não em tradições humanas. Mesmo sem domínio do hebraico ou grego, Wycliffe abriu caminho para a Reforma, afirmando que a Palavra de Deus pertence a todos os crentes (cf. 1 Co 2:12) — não é propriedade exclusiva de uma elite religiosa.
A Reforma Protestante e as Traduções da Bíblia
A Reforma Protestante, no século XVI, representou um divisor de águas na história das traduções da Bíblia. Os reformadores entenderam que o acesso direto às Escrituras era essencial para o exercício da fé cristã, e por isso se dedicaram intensamente à tarefa da tradução bíblica.
Martinho Lutero traduziu o Novo Testamento para o alemão em 1522 e concluiu a Bíblia completa em 1534. Ele utilizou uma linguagem dinâmica, inspirada na fala do povo, com o objetivo de tornar o conteúdo bíblico acessível. Sua tradução não apenas reacendeu o contato do povo com as Escrituras, mas também moldou a língua alemã moderna.
Na mesma época, William Tyndale traduziu o Novo Testamento para o inglês diretamente do grego (1526). Perseguido e, posteriormente, executado por isso, Tyndale influenciou profundamente futuras traduções, como a Bíblia de Genebra (1560), amplamente usada pelos puritanos e reformadores ingleses.
Na visão reformada, traduções como as de Lutero e Tyndale são expressões práticas do princípio da Sola Scriptura. Elas devolveram ao povo comum o acesso direto à Palavra de Deus e cumpriram o chamado de ensinar todas as nações (Mt 28:19).
A Bíblia de Genebra e La Biblia del Oso: A Palavra em Tempos de Perseguição
A Bíblia de Genebra, publicada em 1560 por reformadores ingleses exilados em Genebra, foi uma inovação em diversos aspectos. Foi a primeira Bíblia a apresentar os versículos numerados e a usar letras romanas, facilitando a leitura. Suas notas de rodapé calvinistas influenciaram profundamente os puritanos, que a adotaram como referência teológica.
Enquanto isso, na Espanha, Casiodoro de Reina traduziu diretamente dos textos originais para o espanhol, publicando, em 1569, a célebre La Biblia del Oso (chamada assim por ter um urso na capa, símbolo da coragem em meio à perseguição). Posteriormente, Cipriano de Valera revisou e refinou essa obra, resultando na versão Reina-Valera (1602), ainda amplamente usada por evangélicos de língua espanhola na América Latina.
Essas traduções surgiram em contextos de perseguição religiosa e refletem o princípio reformado de que a Bíblia deve ser clara, acessível e compreensível por todos (At 17:11). Elas não apenas fortaleceram a fé de comunidades oprimidas, mas também preservaram a identidade cristã diante de grandes desafios; mostrando o poder da Palavra de Deus para sustentar, guiar e transformar vidas.
A Versão do Rei Tiago (KJV)
Em 1611, a chamada Versão do Rei Tiago (ou King James Version – KJV) foi publicada na Inglaterra, unindo anglicanos e puritanos em torno de uma tradução oficial das Escrituras. Mais de 50 estudiosos participaram da sua elaboração, utilizando os textos originais (hebraico, aramaico e grego) e se inspirando em traduções anteriores, como a Bíblia de Genebra e a Tyndale.
O que fez da KJV um marco não foi apenas sua precisão, mas também seu texto refinado, que elevou o status literário da Bíblia na língua inglesa. Mesmo com uma linguagem arcaica para os padrões atuais, a KJV ainda é reverenciada e utilizada por diversos cristãos ao redor do mundo.
Portanto, essa tradução é mais um exemplo claro da preservação da Palavra de Deus ao longo da história. Ela mostra como Deus conduz e sustenta o acesso à Sua revelação, usando homens e contextos históricos para que Sua voz continue alcançando povos e gerações.
Traduções em Português: João Ferreira de Almeida
No século XVII, o missionário protestante João Ferreira de Almeida iniciou a primeira tradução da Bíblia para o português, visando alcançar os povos de língua portuguesa com a Palavra de Deus. Seu trabalho começou com o Novo Testamento, publicado em 1681, e foi concluído postumamente com o Antigo Testamento em 1753.
Apesar de enfrentar perseguições e desafios enormes, Almeida buscou sempre a fidelidade aos textos originais do hebraico e grego, alinhando-se ao princípio reformado de preservar com exatidão a mensagem das Escrituras.
Sua tradução serviu de base para edições clássicas como a Revista e Corrigida (ARC) e a Revista e Atualizada (ARA). Ao longo dos séculos, essas versões foram revisadas, mas mantêm o legado de clareza, reverência e precisão.
Hoje, a Bíblia de Almeida é uma referência no mundo de fala portuguesa, sendo usada amplamente no Brasil e em outros países de língua portuguesa, conectando milhões de pessoas à leitura da Bíblia em sua língua materna.
A Tradução Brasileira e o Grego Coiné
A Tradução Brasileira da Bíblia, publicada em 1917, foi a primeira tradução completa feita no Brasil, reunindo especialistas em línguas bíblicas e teologia. Essa obra surgiu em um contexto marcado pela crescente valorização do acesso direto às Escrituras.
Um marco importante para traduções modernas foi a descoberta de que o grego do Novo Testamento não era o clássico erudito, mas o grego coiné; a língua comum do povo no mundo grego. Essa descoberta, ocorrida entre os séculos XIX e XX, revolucionou os estudos bíblicos, revelando que os escritos do Novo Testamento usavam uma linguagem simples e acessível, como a das pessoas comuns (At 4:13).
A Tradução Brasileira buscou refletir essa clareza, apresentando um texto compreensível e fiel, adequado ao público brasileiro da época. Mais esse esforço das traduções da Bíblia, está em sintonia com o princípio de que a Palavra de Deus deve ser inteligível a todos os crentes (1 Co 14:9). O uso do coiné no Novo Testamento é, em si, uma evidência de que Deus falou na língua dos homens.
Princípios de Tradução: Formal e Dinâmico
Traduzir a Bíblia envolve equilibrar dois princípios: equivalência formal e equivalência funcional (ou dinâmica).
A equivalência formal busca manter a estrutura e vocabulário o mais próximo possível do texto original, como fizeram tradutores antigos. Esse método valoriza a fidelidade literal, mas enfrenta desafios. Por exemplo, o hebraico bíblico costuma seguir a ordem VSO (verbo-sujeito-objeto), enquanto o português é SVO (sujeito-verbo-objeto), o que exige adaptações para tornar o texto compreensível.
Exemplo prático:
No hebraico bíblico, a estrutura típica das frases é: Verbo – Sujeito – Objeto (VSO).
Exemplo literal: “Disse Moisés as palavras”.
Já no português, a estrutura comum é: Sujeito – Verbo – Objeto (SVO).
Versão natural: “Moisés disse as palavras”.
Logo, se uma tradução mantiver a ordem original (VSO), o leitor pode achar estranho ou confuso. Por isso, mesmo traduções formais precisam ajustar algumas construções para que o texto faça sentido na nossa língua. Assim, a equivalência formal nas traduções da Bíblia, tenta manter o texto “do jeito que está” no original, mas como as línguas funcionam de formas diferentes, o tradutor às vezes precisa adaptar a ordem das palavras; ainda assim, sem mudar o significado.
A equivalência funcional prioriza o sentido
Já a equivalência funcional prioriza transmitir o sentido, mesmo que isso implique adaptar estruturas ou expressões idiomáticas. Um exemplo disso é traduzir a expressão hebraica “faces de Deus” (Êx 33:14) como “na presença de Deus”, preservando o significado para o leitor moderno.
A Escritura foi dada para ser compreendida (Cl 1:9). Por isso, traduções modernas muitas vezes combinam os dois princípios, buscando fidelidade ao texto e clareza para o leitor. Um exemplo é a Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), que, embora mais dinâmica, numa espécie de paráfrase, ainda assim, procura preservar o sentido das Escrituras com precisão. Contudo, a NTLH talvez seja uma tradução mais adequada para devocionais, enquanto, para estudos mais detalhados das doutrinas bíblicas, você deva optar por traduções mais formais.
Traduções Modernas: NVI e NTLH
A New International Version (NIV), lançada em 1978, e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), de 2000, utilizam o princípio da equivalência funcional (dinâmica), que busca transmitir o sentido do texto original de forma clara e natural para os leitores atuais.
A NIV equilibra fidelidade literal e clareza, sendo adequada tanto para estudo quanto para leitura devocional. Já a NTLH usa um vocabulário simples e acessível, ideal para novos convertidos e pessoas que estão começando a ler a Bíblia. A edição de estudo da NTLH ainda oferece notas exegéticas que explicam as decisões de tradução, ajudando no entendimento mais profundo do texto.
Uma vez que a Palavra de Deus deve ser usada para edificação e ensino (Efésios 4:12), essas traduções modernas colaboram nesse sentido, tornando a Bíblia mais acessível a todos, cumprindo o chamado bíblico de levar a mensagem a todas as nações (Marcos 16:15).
Traduções da Bíblia e a Evangelização Global
As traduções da Bíblia impulsionaram, sem dúvida, a evangelização mundial. O teólogo africano Kwame Bediako observou que a expansão do cristianismo na África e na Ásia está diretamente ligada à tradução das Escrituras para línguas locais. Um exemplo importante é a Sociedade Bíblica Britânica, fundada em 1804, que se dedicou a tornar a Bíblia acessível em centenas de idiomas (Apocalipse 7:9).
O Evangelho é destinado a todas as nações (Mateus 24:14). Por isso, as traduções da Bíblia são ferramentas essenciais para que a Palavra alcance cada povo e cada cultura, transformando vidas e ligando pessoas a Cristo, a Palavra viva (João 1:14).
Por que Novas Traduções?
As línguas mudam com o tempo e palavras caem em desuso; expressões ganham novos sentidos. Por isso, novas traduções da Bíblia se tornam necessárias. Além disso, descobertas arqueológicas, como os manuscritos do Mar Morto, ajudam a refinar a precisão dos textos bíblicos.
Outro fator importante são as diferenças culturais e idiomáticas: o que fazia sentido no passado pode soar confuso hoje. Nenhuma tradução é perfeita, mas todas buscam transmitir com fidelidade a mensagem original das Escrituras. Assim, novas traduções não alteram a essência do texto; elas garantem que a revelação de Deus nas Escrituras continue viva, compreensível e relevante para cada geração e cultura.
Finalmente, as traduções da Bíblia, da Septuaginta à NTLH, tornam a Palavra de Deus acessível e expandem o Evangelho a todos os povos. Apesar dos desafios, a tarefa de traduzir reflete o chamado de Cristo para ensinar a todos (Mt 28:20), pois, a Escritura é a voz de Deus, guiando os fiéis na terra (Sl 119:105).
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